Presencial
Salesforce Day no Itaú

O Salesforce Day no Itaú aconteceu em um cenário especial: um lindo palco no CEIC, com um auditório cheio e transmissão ao vivo para o time remoto. Estimo algo entre 200 e 300 pessoas acompanhando, entre executivos, líderes técnicos e especialistas.
Esse detalhe importa! Não era um evento pequeno ou experimental. Era uma discussão sobre o futuro da operação do banco, feita em um ambiente que respira decisão estratégica. 2025 foi de fato o ano de sair do experimental e começar a falar de escala.
TL;DR
Liderei apresentações no Salesforce Day realizado no CEIC do Itaú, para um público de 200 a 300 pessoas entre presencial e remoto.
O evento explorou Agentes de IA no contexto real de um banco de escala continental.
Falamos de Determinismo, "Vibe Agenting", Deep Context Engineering e Agentes com Voz.
Tudo com foco em governança, confiabilidade, performance e experiência do usuário.
O CEIC é um símbolo de escala, decisão e governança
Para quem não conhece, o CEIC não é apenas um conjunto de prédios do Itaú. Ele funciona como o verdadeiro cérebro operacional do Itaú Unibanco.
Ali convivem, de forma integrada, áreas de negócio, tecnologia, risco, produtos e estratégia. Tudo foi desenhado para acelerar decisões, reduzir fricção organizacional e permitir que o banco opere de forma data-driven em escala continental. Sem contar que o espaço é simplesmente LINDO!

Do ponto de vista executivo, o CEIC é benchmark. Mostra como estrutura física, cultura e governança se combinam para sustentar inovação com controle. Não por acaso, falar de Agentes de IA ali faz todo o sentido.
Uma comunidade Salesforce madura e tecnicamente profunda
Outro ponto que preciso destacar é a comunidade Salesforce do Itaú! Extremamente ativa, engajada e tecnicamente preparada.
Esse time vem se aprofundando de forma consistente em Inteligência Artificial, explorando como integrar Agentes de IA às operações de CRM de ponta a ponta. E não de forma ingênua. Sempre com foco em governança, confiabilidade, escalabilidade e impacto real no negócio.

Quando somamos isso à interoperabilidade entre agentes, viabilizada por protocolos como MCP e A2A, e ao avanço do banco em arquiteturas Multi-Agentes, fica claro que o Itaú está na vanguarda desse movimento, mas com os pés muito bem firmes no chão.
Menos show, mais engenharia
Ao longo do Salesforce Day, tive a oportunidade de liderar boa parte das apresentações ao lado do meu amigo Guilherme Sakiyama e do nosso time de executivos da Salesforce.
O objetivo não era apenas mostrar capacidades impressionantes. Era ensinar. Explicar conceitos. Abrir a caixa-preta. E, principalmente, colocar a mão na massa ao vivo.
Executivos não precisam só ver o que é possível. Precisam entender o que é viável, seguro e sustentável.
Determinismo em Agentes de IA, um tema crítico para bancos
Um dos pontos centrais da apresentação foi o controle de determinismo em Agentes de IA.
LLMs são probabilísticos por natureza. Isso é uma virtude em muitos cenários, mas pode ser um problema sério em operações bancárias, onde previsibilidade, auditabilidade e controle são essenciais.
Demonstramos, na prática, como aplicar estruturas de controle, cadeias de instruções, condicionais, validações e guardrails para tornar o comportamento dos agentes previsível. Mostramos como reduzir variabilidade onde ela não é aceitável e como isso impacta diretamente risco operacional, compliance e confiança.
Esse é um divisor de águas entre IA experimental e IA pronta para produção em bancos.
"Vibe Agenting" (agentes que criam e refinam outros agentes)
Outro momento que gerou bastante interesse foi a demonstração de agentes que criam e refinam outros agentes, o que chamamos de Vibe Agenting.
Na prática, é aplicar o conceito de vibe coding ao mundo dos agentes. Um agente ajuda a estruturar, testar, ajustar e melhorar outros agentes, reduzindo drasticamente o tempo de desenvolvimento e aumentando a qualidade final.
Para organizações grandes, isso significa acelerar inovação sem abrir mão de padrões e governança.
Deep Context Engineering além do texto
Entramos então em um dos temas que, na minha opinião, mais define o sucesso de agentes em ambientes complexos: Deep Context Engineering.
Demonstramos como ingerir dados não estruturados complexos, como gráficos, fluxos, desenhos, diagramas, imagens e fluxogramas. E, mais importante, como transformar tudo isso em contexto útil, disponível para os agentes da maneira certa e no momento certo.
Como sempre reforço, qualquer modelo de IA é tão bom quanto os dados que ele recebe. No caso de LLMs e agentes, dados são contexto. E contexto mal estruturado gera decisões ruins, mesmo com modelos excelentes.
Essa parte foi, sem dúvida, uma das mais ricas do evento.
Agentes com Voz
Por fim, exploramos a integração de voz aos agentes de IA.
Falamos abertamente sobre as limitações atuais dos modelos Audio-to-Audio e sobre os desafios de arquiteturas baseadas em transcrição e sintetização de voz. Discutimos latência, percepção do usuário e aquele silêncio incômodo que quebra completamente a experiência.
Mostramos como o uso de SLMs especialistas, ou pequenos modelos, combinados com otimizações no motor de Reasoning dos agentes e abordagens arquiteturais criativas, pode reduzir latência e melhorar significativamente a experiência final.
Como já falei aqui, voz não é apenas conveniência. É canal estratégico, inclusão e eficiência operacional.
IA séria para um banco sério
O Salesforce Day no Itaú foi mais uma prova de que Inteligência Artificial, quando tratada com seriedade, deixa de ser hype e vira engenharia aplicada ao negócio.
Quero agradecer novamente ao Itaú pela confiança e pela oportunidade de liderar esse evento dentro de casa. Discutir Agentes de IA nesse nível de profundidade, com um time tão preparado e exigente, é um privilégio.
Seguimos construindo. Com responsabilidade, governança e foco em valor real.



